49ª SESSÃO SOLENE DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA IX LEGISLATURA.

 

Em 04 de novembro de 1986.

Presidida pelos Srs. Gladis Mantelli – 1ª Vice-Presidente e Isaac Ainhorn - 1º Secretário.

Secretariada pelos Srs. Isaac Ainhorn - 1º Secretário e Lauro Hagemann - Secretário “ad hoc”.

Às 16h50min, a Sra. Gladis Mantelli assume a Presidência e solicita ao Sr. Lauro Hagemann que proceda à verificação de “quorum”.

 

 


A SRA. PRESIDENTE: Havendo número legal, declaro abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada à homenagear o Dia do Funcionário transcorrido em 28 de outubro passado, e à entrega dos distintivos aos funcionários que prestaram 15, 20 e 25 anos de trabalho para esta casa.

Convido a fazer parte da Mesa o Sr. Alceu Cóssio, Sr. Miguel Hamann Pinheiro e Sr. Wilson Alzaibar Babot, funcionários da Casa.

Falarão os Vereadores Lauro Hagemann, em nome do PCB; Hermes Dutra, em nome do PDS, PFL e em nome do Ver. independente Jorge Goularte; Cleom Guatimozim, em nome do PDT; e Gladis Mantelli, em nome do PMDB.

 

A SRA. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Lauro Hagemann.

 

O SR. LAURO HAGEMANN: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, Srs. funcionários da Casa, em nome do PCB e em nome do PSB tenho a honra de me dirigir aos funcionários da Casa, não só aqueles que hoje estão sendo homenageados com as medalhas comemorativas de tempo de serviço, mas a todos os funcionários da Casa. Queria dizer que para nós e para mim, particularmente, é muito grata esta saudação, porque independentemente da condição de funcionários, tenho aqui entre os agraciados de ontem e hoje, e dos que estão a menos tempo na Casa, um grande número de amigos, não de funcionários. Revejo velhas figuras que já tive a ventura de encontrar na outra vez que passei por esta Casa, há 20 anos. Considero o funcionalismo da Câmara Municipal de Porto Alegre como um exemplo do funcionalismo público deste País, porque nesta Casa todos têm dado mostras de uma dedicação exemplar. Não aos Vereadores que passam eventualmente por aqui, mas ao trabalho da Casa que é uma das Câmaras mais conceituadas do País, e isto não se deve exclusivamente a sua representação política, que são os Vereadores, mas se deve, principalmente, ao seu corpo funcional que é a sua representação administrativa. Infelizmente os funcionários da Câmara Municipal não têm recebido, nos últimos tempos o tratamento mais adequado que corresponda a sua atuação nesta Casa. Mas nós acreditamos que com o esforço de todos e, principalmente, com a dedicação e com a pressão dos funcionários será possível equilibrar estas distorções, porque senão a representação política ficará cada vez mais distanciada da representação administrativa, o que não é o desejável. Nós dependemos, fundamentalmente, da atuação dos funcionários, da sua dedicação, do seu interesse, do seu desempenho. Isto até agora não nos tem faltado, embora este tratamento díspar. Precisamos nos empenhar todos, Mesa, vereadores, funcionários, para que a situação de equilíbrio volte a existir no corpo funcional da Casa, para que a Câmara continue tendo o seu aporte necessário para ser uma representação política efetiva. A Cidade assim o exige, não é porque nós queiramos ou não, é uma exigência da sociedade. Porto Alegre tem características próprias: é uma Cidade que no correr dos últimos quarenta anos tem se mostrado uma Cidade oposicionista, que almeja dar passos adiante. Isso também não depende do Executivo eventual, isto é uma exigência da coletividade. Uma coletividade que a cada dia engrossa mais com o êxodo rural, uma coletividade que a cada dia aumenta as suas exigências de infra-estrutura de uma Cidade mais humana e mais justa, onde todos possam viver dignamente. Eu sinto muito prazer em reconhecer aqui, entre os agraciados, velhos companheiros, repito, companheiros de vinte anos atrás, quando por aqui passei e já os encontrei. Companheiros que encontrei agora, nesta segunda volta, e companheiros que eu gostaria de ver continuar o seu trabalho em favor da Câmara Municipal de Porto Alegre. É uma responsabilidade nossa, de todos nós. Eu quero felicitar os companheiros funcionários que estão completando vinte e cinco anos, o Cóssio, o Dr. Pinheiro, o Dr. Babot, os de vinte, o Sérgio, a D. Vidalvina, a Edviga, que são aqueles com quem mantive um contato mais direto, sem desprezo dos demais. Às vezes, a gente passa tão fugazmente por esta Casa, que não se lembra do nome todo dos funcionários; conhecemos a todos, recebemos as atenções de todos mas, por circunstâncias fortuitas, não se consegue gravar e guardar o nome de algumas pessoas. Isto acontece na vida de cada um, e principalmente para quem já apresenta um bem adiantado branqueamento da cabeça. Eu gostaria de felicitá-los pela sua dedicação, pela sua perseverança e, acima de tudo, pela dignidade que demonstraram todo este tempo. Que isto seja um exemplo para seus filhos, para seus parentes, para todos os cidadãos de Porto Alegre, porque hoje, infelizmente, o funcionalismo em geral, de todo o País, está mal conceituado, não por culpa dele, mas pelo desgaste que sofreu o serviço público na história deste País. O servidor público, hoje, no Brasil, em suas mais variadas esferas, é considerado um ser inferior que, não tendo condições de exercer outro tipo de atividade, vem buscar no serviço público o arrimo para continuar vivendo e, nesta condição, é que está sendo tratado - ou maltratado. É preciso revisar todo o processo, porque o funcionário público faz parte da máquina estatal e esta máquina, neste processo de ampla discussão da temática constitucional, precisa sofrer uma revisão em seu conceito básico, o de funcionário público e no conceito que está a merecer do poder público.

Quero cumprimentar a todos, individual e coletivamente, e dizer que estaremos sempre aqui para considerá-los, não como funcionários ou servidores, mas como colaboradores e amigos. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Ver. Hermes Dutra que falará em nome do PDS, do Vereador independente Jorge Goularte e em nome da Bancada do PFL.

 

O SR. HERMES DUTRA: Sra. Presidente Gladis Mantelli, Ver. Isaac Ainhorn, nosso Secretário, ilustres homenageados, que representam os demais homenageados e que tomam assento à Mesa. Prezados funcionários da Casa, Srs. Vereadores. Efetivamente para quem tem a prática da tribuna até parece não ser difícil falar nas mais variadas e diversas ocasiões. Entretanto, algumas muito especiais e que, quando a gente sobe aqui, sente alguma coisa diferente daquilo que normalmente sente nas dezenas e centenas de discursos que aqui se faz. Hoje é um dia destes. É uma Sessão que serve para duas finalidades: para homenagear os funcionários pelo dia do funcionário público que passou no dia 28 e que, pelo infausto acontecimento que atingiu esta Casa, não foi possível fazê-lo na data e, também, para homenagear os funcionários que recebem o reconhecimento por terem completado 15, 20 e 25 anos de serviços, de bons serviços prestados a esta Casa. Disse bem o Ver. Lauro Hagemann sobre a figura do funcionário público. Lamentavelmente, no Brasil, talvez por uma herança portuguesa, a imagem do funcionário público foi forjada junto à opinião completamente diferente daquela que vivencia o funcionário público, chegando ao ponto de, neste País, funcionário público ser sinônimo daquele que ganha e não trabalha, quando na verdade as coisas são completamente diferentes. A maioria das vezes, com raríssimas exceções, o funcionário trabalha e ganha pouco. Esta é a realidade. Talvez até entenda-se por herança paternalista, o funcionário público nunca foi visto pela administração pública como um profissional. Nunca foi oferecido uma forma efetiva de profissionalizar-se a ponto de uma boa parcela ser obrigada a ter outra função afora aquela que exerce no órgão público, o que é ruim porque o baixo salário faz com que tente algumas compensações, os chamados penduricalhos que só servem para aviltar o salário e a função do funcionário público. A ponto de termos, hoje, não só no Estado e no Município, regime de trabalho de 20 horas para o funcionário, o que já é uma aberração. Alguém, para trabalhar as 8 horas que qualquer trabalhador tem direito, depende, então, muitas vezes, do beneplácito do chefe, da bondade de quem ocupa um cargo acima do seu. Deveria ser diferente. Ao funcionário, deveria ser dada a jornada diária de 8 horas, com um salário digno e eventualmente aquele que precisasse estudar, ou qualquer outra eventualidade, pudesse então reduzir o seu horário de trabalho, com a conseqüente redução de vencimentos. E assim não ficar sempre na dependência do seu chefe imediato e, até mesmo, de autoridades superiores. Isto é uma questão que talvez mereça a consideração da Constituinte. Digo talvez, porque quero confessar, pois não é porque estou fazendo uma homenagem a vocês, que vou imaginar que a Constituinte vai resolver, que eu pessoalmente acho que não será resolvido, mas nunca é demais que façamos até mesmo uma corrente positiva, com vistas que o funcionário público seja visto como um trabalhador, com uma profissão onde a pessoa possa completar-se e que não necessite de “bicos” para bem alimentar a sua família.

Eu quero dizer a vocês algumas coisas que chamaram a atenção nesta Casa. E não tenho necessidade de fazê-lo a não ser pelo absoluto amor à verdade. Até porque não disputo nenhum cargo nesta eleição. Quando aqui cheguei, ainda tímido, ainda com muitas luzes em função da minha eleição, aquelas coisas que fazem a cabeça da gente rodear e a gente tenta se encontrar internamente, se ajustar em função de algo que se busca, que é a eleição, mas que quando chega causa surpresa. A primeira coisa que me chamou a atenção nesta Casa foi o respeito com que os funcionários me trataram. E passados quatro anos, não foi aquilo que se chama de “vassoura nova”, que varre bem enquanto é nova, nos primeiros dias. Mas já passaram quatro anos e eu não noto diferença no comportamento, no tratamento do mais simples porteiro desta Casa ao mais graduado assessor desta Casa. É o mesmo tratamento que tive aqui quando cheguei dois ou três dias antes de tomar posse, no velho prédio da José Montaury, até para poder olhar o local onde iria trabalhar, a cadeira onde iria sentar e a mesa onde iria exercitar a minha função de vereador. Quero fazer este registro, porque acho que é um dever meu, pela forma com que somos tratados por vocês. Alguém pode até dizer: “é obrigação”. É certo, é obrigação; agora, obrigação se faz de muitas formas: de nariz torcido, de olhos baixos e até sorrindo com má vontade. E em vocês, nunca consegui ver má vontade. Por isso - e tenho a impressão de que é a primeira Sessão que tenho a oportunidade de homenagear os funcionários da Casa - quero aproveitar a oportunidade para, em nome do PDS, em nome da Bancada do PFL e em nome do Ver. Jorge Goularte, além de homenageá-los, pedir uma coisa: desculpas. Desculpas, talvez, por um olhar atravessado, por uma repreensão injusta que fatalmente possa ter ocorrido, porque muitas vezes não temos tempo de vê-los como gente e sim, como engrenagens da máquina que nos faz andar e que é necessário para que bem possamos nós, Vereadores, cumprir a nossa missão. Por isso, com a homenagem que é justa, merecida, o abraço fraterno que deixamos a vocês nesta hora, que não é demagógico, mas, realmente, um pedido com muita sinceridade, de que se, eventualmente, nesses quatro anos, algum de nós daqueles em nome de quem eu falo tenha incorrido num desses erros, vocês relevem; porque nós, que nos angustiamos com os problemas sociais que nos chegam aos borbotões diariamente nos nossos gabinetes, quando somos impotentes para resolvê-los, muitas vezes é no falar, é no olhar, é no pedir ou até no mandar que extravasamos essa angústia imensa que tem o legislador, o homem do povo, que toma contato com essa miséria, com essa problemática social toda e se vê impotente e, além da sua garganta e das suas cordas vocais, nada mais pode fazer para resolver. Por isso, um abraço a todos os funcionários da Câmara Municipal de Porto Alegre, de forma muito particular aos nossos homenageados, e desejar aos que fazem 25 anos e que já estão na reta final, mais próximos de suas aposentadorias bem como os que fazem 15 anos, as mulheres que, no caso, estariam na metade do tempo, é lhes dizer que nós desejamos comemorar outros aniversários iguais a este, aqui, ou quem sabe nas suas casas, aposentados, mas com o mesmo entusiasmo, com a mesma boa vontade, com este mesmo espírito de fraternidade que nos rodeia, neste momento.

Nosso abraço muito sincero e saibam que boa parte do eventual sucesso que esta Casa tem deve-se, fundamentalmente, à atuação de vocês. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Ver. Cleom Guatimozim, que falará em nome da Bancada do PDT.

 

O SR. CLEOM GUATIMOZIM: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, prezados funcionários, funcionários homenageados, nós sempre defendemos que é indeclinável o dever de homenagear aqueles que por seus atos, por suas atitudes, se tornam necessários à comunidade a que servem e no caso do servidor público a sua repartição.

Em nome de todos os Vereadores da Bancada do PDT nós desejamos, também, felicitar os funcionários que hoje são homenageados pelo tempo de serviço. Nós sabemos que, nesta Casa, não só agora que se avoluma o trabalho exatamente pela abertura democrática e pela multiplicação do número de partidos políticos, mas também, anteriormente, no bipartidarismo, quando nós, lá na ponta do espigão, durante tantos anos, para exercer suas atividades os funcionários, como os Vereadores, arriscavam diariamente suas vidas sem nenhuma segurança. E nunca se notou, Sra. Presidente nenhuma má vontade, só o temor, aquele que tem o ser humano, mas nunca, em nenhuma oportunidade nós podemos verificar que o volume de trabalho, que as condições de trabalho pudessem, às vezes indo até madrugada a dentro com o relógio parado, como aconteceu tantas vezes, contar com uma má-vontade de um funcionário da Câmara Municipal. Ora, não é nenhum favor dizer, isto é sabido e há bem pouco tempo um Secretário Municipal me dizia exatamente das condições que possui um funcionário da Câmara Municipal. Não é porque ele está compondo um pequeno universo de 500 funcionários, não. É exatamente pelas suas qualidades individuais que forma um todo com condições de assessorar vereadores, partidos políticos e de prestar um grande serviço à Cidade de Porto Alegre.

Nós tivemos a oportunidade de, durante mais de 20 anos, acompanhar a evolução do funcionalismo da Câmara Municipal, os antigos que ainda hoje permaneçam, os novos que vieram, que chegaram, que se integraram neste universo e que prestam grande trabalho. Assim, a homenagem prestada hoje aos funcionários que completam este tempo de serviço: 25, 15, 20, 10 anos, é uma homenagem justa a qual o PDT deseja se associar, porque através dos integrantes da sua Bancada pôde constatar, no dia-a-dia, a dedicação destes funcionários em prol da nossa Cidade. Ora, quando um funcionário assessora uma Bancada, um Partido político ou um Vereador, está assessorando diretamente, está prestando serviço às comunidades que estão aí fora. Hoje nós somos uma metrópole com mais de um milhão e trezentos mil habitantes a exigir cada vez mais do Legislativo, porque o legislador age de forma muito interessante; ele age legislando na correção dos fenômenos sociais que se apresentam. Ele atende uma, duas, dez, cem pessoas e, encontrando o fenômeno, ele procura corrigir, então, por legislação. Ainda há outro legislador, o que procura criar, com a força do direito, aquilo que ele pretende dentro da Cidade, sempre com o assessoramento direto dos funcionários que vai, nesse fluxograma, da apresentação de um Projeto até o seu envio, com a aprovação do Executivo, para sanção. Nesse trabalho dos funcionários da Câmara, ao longo desses anos, nós nunca tomamos conhecimento de que a margem de erro atribuído à pessoa humana chegasse àquilo que é normal no ser humano, tal é o cuidado que têm os funcionários da Câmara Municipal de Porto Alegre. Então, vejam que os projetos que chegam ao Executivo sempre vêm muito bem elaborados. Inclusive, depois da sua Redação Final, do seu encaminhamento, ele está perfeitamente dentro das normas para receber a sanção ou não do Executivo sem nenhuma crítica. Nunca ouvi, nesses longos anos, uma crítica do Executivo de que um Projeto tivesse sido, como resultado de assessoramento de funcionários desta Casa, mal encaminhando ao Executivo para apreciação, para sanção ou veto, porque há, efetivamente, um cuidado, uma vigilância, e os funcionários estão a todo o momento nos alertando sobre erros técnicos em matéria encaminhada sobre aquilo, inclusive, que evolui na técnica legislativa nesta Casa e em outras Casas Legislativas do País. Por isso eu dizia eu é indeclinável o dever de honrar aqueles que, por seus méritos, fazem jus a uma homenagem como esta, e o PDT se associa, através de cada um dos seus Vereadores, a esta homenagem a todos os senhores. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

(Às 17h20min, o Sr. Isaac Ainhorn assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra a Ver.ª Gladis Mantelli, pelo PMDB.

 

A SRA. GLADIS MANTELLI: Vereador Isaac Ainhorn, que no momento exerce a Presidência, caros homenageados Alceu Cóssio, Miguel Pinheiro e Wilson Babot, demais homenageados e demais funcionários da Casa, Srs. Vereadores, não iria usar a palavra em nome de minha Bancada, iria fazê-lo ao final, no exercício da Presidência, mas achei que poderia parecer que a Bancada do PMDB não estaria aqui representada neste momento. Sinto-me, pois, na contingência de fazer uso da palavra por duas vezes nesta sessão e peço que me desculpem por isso.

Quando entrei nesta Casa, entrei sem conhecer o espaço político, sem conhecer um espaço parlamentar, porque esta não era a minha vida. Esta era uma vida distinta para mim. Mas a vida do funcionário público não me era desconhecida, porque era funcionária pública antes de aqui vir uma outra condição. Ao entrar aqui nesta Casa, assim como os Vereadores que me antecederam frisaram muito bem, tive um atendimento todo especial e um cuidado de todos os funcionários desta Casa para que nada faltasse e tudo estivesse a tempo e a hora: Mas, ainda assim, eu me mantinha muito distanciada. Tive oportunidade, ao longo deste ano, talvez em função de ter trabalhado como responsável pela Mesa na construção deste prédio, de me aproximar de vocês todos. E acho que esta aproximação foi muito benéfica, pelo menos para mim. Aprendi a conhecê-los mais de perto, a descobrir os anseios e as necessidades de cada um e procurei responder da mesma forma. Acho que consegui e gostaria que, nesta Casa - e tenho quase certeza de que assim o é - todos os Vereadores tenham por vocês o respeito que eu tenho. A Bancada do PMDB, em momento algum, achou que não poderia estar dando suporte às necessidades que vocês levantavam. E na figura do Presidente desta Casa, junto com os membros da Mesa da qual fazem parte o Ver. Isaac Ainhorn, Ver. Nei Lima, Ver. Antonio Hohlfeldt, Ver. Waldomiro Franco, tentamos responder a essas necessidades. Esperamos ardentemente que tenhamos respondido. Amanhã teremos oportunidade de verificar se somos capazes ou não de interpretar os anseios dos funcionários desta Casa. Gostaria de cumprimentar na figura dos funcionários que hoje estão sendo homenageados todos os funcionários desta Casa. Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisto pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Gladis Mantelli): Passaremos agora à entrega das homenagens aos nossos agraciados. Convidaria o Ver. Isaac Ainhorn que entregasse a homenagem ao nosso agraciado Alceu Cóssio. (Procede à entrega.) (Palmas.)

Entregarei, na qualidade de Presidente, ao nosso homenageado Miguel H. Pinheiro. (Procede à entrega.) (Palmas.)

Convido o Ver. Lauro Hagemann para entregar ao Dr. Wilson A. Babot. (Procede à entrega.) (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Agora vamos entregar as medalhas aos nossos funcionários que completam 20 anos de serviço.

Convido o Ver. Hermes Dutra para fazer a entrega ao homenageado Ademir Pirajá da Rosa.

 

(O Sr. Hermes Dutra faz a entrega da medalha.) (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Como o Ademir também recebe uma medalha por 15 anos de serviço, eu solicitaria que ele voltasse aqui na Mesa para que se possa lhe entregar também esta medalha.

 

(A Sra. Gladis Mantelli faz a entrega da medalha.) ( Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Convido o Ver. Werner Becker para fazer a entrega da medalha a nossa homenageada Deoni Coelho de Souza. Como o Ver. Werner Becker não está, já saiu, convido, então, o Ver. Brochado da Rocha.

 

(O Sr. Brochado da Rocha faz a entrega da medalha.) (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE: A Deoni também recebe a medalha por 15 anos.

 

(A Sra. Gladis Mantelli faz a entrega da medalha.) (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Convidamos o Ver. Raul Casa para fazer a entrega da medalha ao Sr. Sérgio Binfará Vieira, por 20 anos de serviço. (Procede à entrega.) (Palmas.)

Convidamos o Ver. Getúlio Brizolla para fazer a entrega da medalha à nossa próxima homenageada, Vivaldina Lopes, também por 20 anos. (Procede à entrega.) (Palmas.)

Nossa próxima homenageada Aracy Fernandes Lima, já falecida, receberá a homenagem desta Casa através de sua filha Ana Cecília de Lima Izaguirres. Convidamos o Ver. Nei Lima para fazer a entrega da medalha correspondente a vinte anos de trabalho. (Procede à entrega.) (Palmas.)

Convidamos o Ver. Jorge Goularte para fazer a entrega da medalha à Sra. Edviga Faley relativa a 20 anos de serviço. (Procede à entrega.) (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Convidamos o Ver. Adão Eliseu para proceder à entrega da medalha à funcionária Régis Maria Domingues por 15 anos de serviço prestado à Câmara Municipal de Porto Alegre. (Procede à entrega.) (Palmas.)

Convidamos o Ver. Ênnio Terra para fazer a entrega da medalha ao funcionário José Vitor Juchem por 15 anos de serviço. (Procede à entrega.) (Palmas.)

Convidamos o nosso Secretário, Ver. Isaac Ainhorn, para que faça a entrega da medalha ao nosso funcionário Luiz Alberto da Costa Chaves por 15 anos de serviço. (Procede à entrega.) (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE: A Presidência entregará, agora, à nossa última homenageada Maria Conceição Paiva Gabina, pelos quinze anos de serviço prestados à Casa. (Procede à entrega.) (Palmas.)

Concedemos a palavra ao nosso funcionário Sérgio Binfaré Vieira que falará em nome de todos os agraciados.

 

O SR. SÉRGIO BINFARÉ VIEIRA: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, meus colegas que me dão a honra de me ouvir como representante dos demais colegas, hoje, agraciados.

Pela terceira vez, eu retorno a esta tribuna, talvez, a suma honra que pode ser dada a um funcionário da Casa. Há vinte e dois anos presto os meus serviços na Câmara. Há poucos colegas com mais do que isto e outros muitos com menos tempo, uns começando recém. Espero ter, futuramente, a satisfação de comparecer aqui como convidado para que eles também venham a ter esta honra. Não sei até que ponto estarei habilitado a representar os meus colegas, e também não sei até que ponto somos merecedores de tal homenagem. Isto porque, segundo o meu pensamento, quando abraçamos a carreira pública, quando chegamos aqui para sermos funcionários públicos, para nos dedicarmos à Câmara Municipal, cada um de nós buscou alguma coisa, buscou alguma satisfação na sua própria vida. Cada um de nós desempenhou, nesse tempo de serviço, aquelas suas obrigações, e procurou, com desvelo, desempenhar as atribuições e cumprir os deveres que nos são confiados. Esperamos que tenhamos atendido a todas essas cominações que nos são dadas. Somos gratos, por termos reconhecida, nas nossas pessoas, esse dever cumprido. E eu lamento que, estando trabalhando na Câmara há vinte e dois anos, não seja eu portador da eloqüência, da palavra e que possa transmitir a todos aquilo que cada um de nós está sentindo neste momento. Agradeço muito especialmente aos colegas que me destinaram para representá-los, e espero ter chegado aqui e com esse pequeno recado ter suprido aquilo que eles de mim esperava. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Antes de encerrarmos esta Sessão, gostaríamos de entregar à Deoni Teresinha Coelho de Souza o diploma que não lhe foi entregue na oportunidade em que os demais receberam, e também a Ademir Pirajá da Rosa.

 

(Procede à entrega.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Ao Dr. Babot, porque faz parte da Mesa, foi feita a entrega informalmente, mas vamos proceder ao protocolo. (Cumprimenta o Dr. Babot.)

Antes de encerrar esta Sessão, gostaríamos de dirigir mais umas palavras aos senhores e às senhoras, dizendo que esta Casa faz, pela primeira vez, uma entrega formal e que isto deve se repetir a partir de agora. Achamos importante esta homenagem que se prestou este ano aos funcionários da Casa e esperamos que seja dada continuidade a isto como um protocolo, como alguma coisa que realmente venha a estimular, cada vez mais, o trabalho que vocês já fazem de forma tão eficiente e com tanta dignidade.

Declaro encerrados os trabalhos da presente Sessão, agradecendo a presença dos Srs. convidados e, convoco os Srs. Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental.

Estão levantados os trabalhos.

 

(Levanta-se a Sessão às 17h47min.)

 

Sala das Sessões do Palácio Aloísio Filho, 04 de novembro de 1986.

 

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